30 julho 2014

Resenha: A Culpa é das Estrelas



Não, não morri e nem abandonei o blog, só tirei um tempo das férias para resolver minha vida e colocar minha lista de livros a serem lidos em dia, isso é, resolvi tirar um tempo pra mim longe do vício da internet. 

Fazer isso tem seu lado bom, agora estou cheia de resenhas para postar. Hoje trago uma que achei bem difícil de escrever, li o livro já tem um tempo, mas esperei para ver o filme para formar uma conclusão sobre, por ser um livro que está na mídia aberto a opiniões contra e a favor.
A Culpa é das Estrelas
John Green
Editora: Intrínseca
Tradução: Renata Pettengill
“A Culpa é das Estrelas narra o romance de dois adolescentes que se conhecem (e se apaixonam) em um Grupo de Apoio para Crianças com Câncer: Hazel, uma jovem de dezesseis anos que sobrevive graças a uma droga revolucionária que detém a metástase em seus pulmões, e Augustus Waters, de dezessete, ex-jogador de basquete que perdeu a perna para o osteosarcoma. Como Hazel, Gus é inteligente, tem ótimo senso de humor e gosta de brincar com os clichês do mundo do câncer - a principal arma dos dois para enfrentar a doença que lentamente drena a vida das pessoas.             
Inspirador, corajoso, irreverente e brutal, A culpa é das estrelas é a obra mais ambiciosa e emocionante de John Green, sobre a alegria e a tragédia que é viver e amar.”

O livro começa contando a história de Hazel Grace, uma jovem garota que foi diagnosticada com câncer quando era pequena e hoje sobrevive graças a uma droga milagrosa. Aos dezesseis anos, somos apresentados a uma Hazel sarcástica e cheia de personalidade. A garota tem uma visão bem clara de sua vida, simples, chegada aos país e com poucos amigos, e que por conta disso é obrigada a participar de um grupo de apoio, para poder conhecer novas pessoas e poder ter, talvez, uma vida comum. 

O grupo de apoio nos apresenta vários casos diferentes do câncer, e foi lá que ela conheceu August, um garoto muito bonito, inteligente, divertido e que perdeu uma perna por causa da doença, mas que hoje vive bem.

Os dois deram muito certo desde o início, logo de cara já foram ver filmes juntos, trocaram ligações, livros favoritos, um casal fofo! Mas a partir daí os personagens perderam a qualidade, para mim, os personagens perderam a personalidade, e até o fim do livro passaram a ser pessoas chatas, sem graça. No filme, eu consegui identificar a personalidade do Gus bem mais forte do que a descrita no livro, funcionou pra mim muito melhor na tela que no livro essa questão, mas só com um dos personagens, o que chega a ser frustrante. 

A história é linda e cheia de pontos emocionantes, mas também tem muita enrolação e clichês sem graças que encaixam como ‘bonitinho e emocionante, que vai fazer as pessoas comprarem’. O livro é bom, mas pra mim não é isso tudo que as pessoas falam. Os personagens não me cativaram por completo, e nem as situações. 

O ponto mais frustrante do livro é Amsterdã, eu sou louca para conhecer a cidade e estava super empolgada junto com os personagens para que a viagem acontecesse, mas acaba que perde meio o foco e dá tudo tão errado, que eu cheguei a ficar na dúvida se era realmente necessário todo esse drama criado em cima da viagem no livro. 

Não é o melhor livro do mundo, não é o pior livro do mundo, é bom, é muito bom se for para passar o tempo. 

A adaptação eu achei muito bem feita, gostei muito do roteiro, não fugiu da linha do livro e os personagens foram construídos de uma forma até mais interessante que o próprio livro (resumindo: eles eram legais). Achei que ficou faltando só um detalhe que seria lindo para a tela do cinema – mas que não vou falar aqui pois seria um grande spoiler – e que provavelmente iria (finalmente) me fazer derramar uma lágrima pela história.

Pois é, não chorei nem com o livro e nem com o filme...

Livro no skoob: A Culpa é das Estrelas
Nota:

*Um filme de Josh Boone com Shailene Woodley, Ansel Elgort.