A Cidade Sinistra dos Corvos
Lemony Snicket
Editora: Companhia das Letras
Tradução: Ricardo Gouveia"Os irmãos Baudelaire não conseguem acreditar no que lêem na primeira página do jornal. Uma reportagem informa que o pérfido conde Olaf raptou não apenas os irmãos Duncan e Isadora Quagmire, mas também Esmé Squalor. O texto não poderia ser mais enganoso: Esmé tinha sido tutora das crianças recentemente, e os Baudelaire sabem muito bem que o conde Olaf nunca a sequestraria. Olaf e Esmé são na verdade aliados num plano maligno para se apropriar da fortuna das três crianças. Violet, catorze anos, é a mais velha dos irmãos Baudelaire, os órfãos mais desafortunados do mundo. Klaus, o irmão do meio, tem treze anos e já leu mais livros do que qualquer criança de sua idade. Sunny, a mais nova, é um bebê pouco maior do que uma melancia. Assim como os irmãos Duncan e Isadora, as crianças Baudelaire perderam os pais num incêndio, e a amizade com os Quagmire era praticamente o único acontecimento feliz que havia acontecido nas suas vidas desde que ficaram órfãos.
Nessa nova desventura eles terão de se haver com mais uma providência desastrada do sr. Poe, um executivo de banco que tinha sido o primeiro tutor dos Baudelaire e ainda cuidava da fortuna dos irmãos. O sr. Poe decide inscrevê-los num programa de adoção de menores, em que toda uma cidade se responsabiliza por crianças que tenham perdido os pais. O programa tem um slogan amedrontador: 'É preciso uma cidade para educar uma criança'. Violet, Klaus e Sunny são mandados para a apavorante cidade de C.S.C. e assim tem início mais um lamentável episódio da tenebrosa existência dos Baudelaire."
Esse é o sétimo livro da série, e está resenha
pode conter spoilers dos primeiros livros!
pode conter spoilers dos primeiros livros!
Leia a resenha dos livros Mau Começo, Sala dos Répteis, O Lago das Sanguessugas, Serraria Baixo-Astral, Inferno no Colégio Interno e O Elevador Ersatz.
Mais uma vez Sr. Poe fica responsável por cuidar do futuro dos
órfãos e acaba as inscrevendo em um programa de adoção de menores onde uma
cidade inteira se torna responsável por crianças que tenham perdido os pais.
Apesar do slogan amedrontador: "É preciso uma cidade para
educar uma criança", os Baudelaire ficaram animados com a notícia quando
descobriram que a cidade era chamada de C.S.C., porém, ao chegarem lá,
descobrem que a cidade não tem ligação com a organização secreta e que seu nome
original é Cultores Solidários dos Corvídeos.
C.S.C. é um lugar bem característico, uma cidade coberta de
corvos que é comandada através de reuniões do Conselho dos Anciãos. A cidade é
dividida em Cidade Alta, onde os corvos ficam no período da manhã, e Cidade
Baixa, onde eles ficam na parte da tarde. À noite eles dormem na Árvore do
Nunca Mais, uma grande árvore de tronco largo e galhos que espalhavam por todas
as direções, e que não possuía nenhuma folha. Na cidade existia o Chafariz
Corvídeo, um grande chafariz em formato de corvo que ficava em um pátio de onde
saia muitas ruas. Era feito de metal com entalhes em formato de penas, com a
cabeça virada para o céu, e cuspia um jorro constante de água pela boca.
Chegando na cidade os Baudelaire conhecem o Conselho dos
Anciãos, um grupo de idosos que praticamente mandam na cidade com suas regras. Esse
Conselho determina que as crianças serão as responsáveis pelas tarefas
domésticas de toda a cidade e que a partir do próximo dia, elas teriam que
fazer tudo que os moradores pedissem para ser feito.
Os órfãos vão morar junto de Hector, um morador muito
simpático que está disposto a ajudar as crianças, porém uma de suas
características é que ele fica muito nervoso perto do Conselho e não consegue
falar nenhuma palavra se quer. Sua casa é próxima da Árvore do Nunca Mais, um
lugar grande e aconchegante com um enorme celeiro secreto, onde Hector escondia
várias coisas proibidas da cidade, incluindo a casa móvel auto-sustentável a ar
quente que ele estava construindo.
Sem sinal do terrível conde Olaf, as crianças começam a
receber diariamente mensagens vindas de bilhetes na Árvore do Nunca Mais. Os
bilhetes eram poemas rimados de dois versos que eram colocados nos pés dos
corvos, e logo reconheceram que eram dísticos escritos por Isadora. Assim, eles
perceberam que se seus amigos estavam na cidade pedindo ajuda, é porque o
horrível vilão também estava por perto.
Uma movimentação acontece na cidade, o Conselho dos Anciãos declara
que encontraram e prenderam o conde Olaf, e mandam todos se reunirem
imediatamente na Prefeitura, porém, quando chegam lá, os Baudelaire percebem eles
capturaram o homem errado, e esse homem, Jacques Sniket, seria queimado no dia
seguinte na fogueira.
Na mesma noite, Jacques Snicket acaba sendo capturado e
morto por ter uma sobrancelha única e tatuagem de olho no tornozelo. O detetive
Dupin, que é o verdadeiro conde Olaf disfarçado, se oferece para resolver o
caso e acaba culpando as crianças pelo assassinato.
O plano de conde Olaf faz com que a cidade fique contra as
crianças, então elas resolvem que não vão procurar ajuda e fogem em busca de
mais informações sobre a organização C.S.C..
Esse sétimo livro é bem interessante e cheio de novas
informações, foi uma ótima leitura como os demais livros da série. Quando eu li a série, já a alguns anos, li todos os treze seguidos e achei esse um pouco
cansativo, porém, é um livro muito rico de conteúdo e importante para a
história. Recomendo a leitura de toda a série, pois é incrível!
